Sabe aquela sensação esquisita de paz? Em meio ao caos, louça na pia, cabelo por lavar, trabalho atrasado. Aquela sensação de paz, de que tudo já está dando certo. Sensação de felicidade. Meio estranha até. Acho que depois do primeiro ano, a gente aprende a lidar melhor com as frustrações e ver a felicidade nas coisinhas mais simples. E creio que tudo melhore quando a gente para de romantizar a maternidade.
Leio muito sobre “maternidade real” ou “maternidade integral”, mas fico pensando que pra mim não se encaixam esses termos. Sim, sou mamãe em tempo integral, pois fico em casa com o Gui. Mas a mãe que trabalha, deixa de ser mãe das 8h às 18h? Maternidade real é aquela que melhor se encaixa na realidade de cada família. A minha entrou na minha vida real e redefiniu as prioridades. Me mostrou o que realmente me importa: FAMÍLIA, SAÚDE e TRABALHO DIVERSOS, nessa ordem. E assim, sem nenhuma sensação de perda ou ressentimento, eu seleciono as tarefas que farão parte da minha semana. Peso se vale tirar meu filho de casa, alterar a rotina dele. Se vai trazer benefícios maiores do que algum valor financeiro, se vai me fazer bem. E fico em paz.
Não me sinto mais perdendo quando estou em casa ao invés de estar em tal evento ou deixando de fazer contato com tal pessoa. As pessoas mais importantes da minha vida estão ali, marido e filho, sentados no sofá. Sinto que estou exatamente onde deveria! Minha empresa de eventos, que eu amo de paixão, segue me trazendo clientes amigos para a vida e segue funcionando dentro do meu planejamento: no máximo 2 eventos por mês, para aproveitar meus finais de semana em família. Alguns meses do ano fecho a agenda para termos férias.
E me sinto mais feliz. Com tempo. E paz. E a pia cheia de louça, sempre.
Por Deza Leon | Pedagoga e Blogueira