“Se compararmos o sonho da sociedade humana com a descrição do inferno fornecida por quase todas as religiões, descobrimos que são a mesma coisa. As religiões diz que se trata de um local de punição, de medo, dor e sofrimento, um lugar onde o fogo queima a gente.
O fogo é gerado por emoções que vem do medo. Sempre que sentimos raiva, ciúme, inveja ou ódio, experimentamos um tipo de fogo queimando em nosso interior. Estamos vivendo um sonho do inferno.
Se você considera o inferno um estado de espírito, então ele se encontra à nossa volta. Os outros podem nos prevenir: se não fizermos o que eles dizem que devemos fazer, iremos para o inferno.
Más notícias! Já estamos nele. Nós e as pessoas que nos disseram isso. Por isso é que nenhum ser humano pode condenar outro ao inferno. É verdade que podem nos colocar num inferno ainda mais profundo. Mas apenas se permitirmos que isso aconteça.”
— Os Quatro Compromissos, por Don Miguel Ruiz
Hoje quero trazer uma reflexão sobre distrações. Do latim distractīo, significa falta de concentração dos sentidos no que se passa à volta, separação, desunião, afastamento, desvio, desatenção, entretenimento e lazer.
Nosso mundo se encheu tanto de informações, necessidades, crenças, mensagens. Ansiamos tanto por pertencimento e aprovação que nos acostumamos a vestir inúmeras “máscaras” para sermos aceitos.
Nesse momento, temos uma grande oportunidade de avançarmos no autoconhecimento. Então por um instante, pare e reflita: quantas coisas já quiseram tomar a sua atenção somente neste minuto, enquanto você lê esse texto? Será que você consegue chegar até o final sem ser interrompida?
São muitas e muitas vozes disputando nossa energia e atenção, diariamente. Algumas internas, outras externas. O que já se sabe é que são muitas, e que cada pessoa responde de modo diferente aos estímulos que recebe.
Recebemos diariamente grandes enxurradas de dados, vindos de todos os lados. Compramos verdades sem as questionar. “Coma ovo”. “Não coma ovo”. “Beba dois litros de água por dia”. “Não beba mais água que seu corpo pede”. E por aí vai. Como confiar em quem “sabe”? Como fazer escolhas que sejam verdadeiramente boas para nós?
Esses e outros pensamentos alimentam sensações de isolamento, ansiedade, pressa, trazendo preocupações e a impressão (ou certeza) de estarmos sempre perdendo algo. Lentos, atrasados e preguiçosos. Já deveríamos estar mais longe! Oi?!
🍂 Se por um instante você se der conta que já chegou onde deveria chegar, hoje. Qual seria sua sensação? O que você escolheria manter em sua vida?
Te convido a silenciar e observar a energia que movimenta o campo das distrações. Onde está sua atenção? Quando começaremos a nutrir o que está dentro, e que é essencial?
Somos seres multitarefas, o que nos torna especiais por um lado, mas também “mecânicos” por outro. Queremos aproveitar todo o tempo disponível, mas nesse percurso podemos criar tanto hábitos positivos como também muito nocivos para nós.
🍂 Você conhece as principais distrações que costumam permear o seu dia a dia? Que tal observá-las hoje?
Exemplos: ”soneca” no despertador por várias vezes; buscar e validar informações em muitas fontes diferentes (como se sempre houvesse algo que não está certo, na busca pela verdade eterna); comprar coisas que já se tem; manter a lista de coisas a fazer intocada (afinal se ela deixar de existir, o que eu tenho mesmo que fazer?); reclamar em voz alta, sem intenção de agir; comer apenas por tédio; entre outras.
Podemos manter uma relação saudável com o entretenimento, utilizando-o como uma fonte de aprendizado ou até mesmo de relaxamento. Porém, ao escolhermos nos manter em constante estado de distração, estamos fugindo de algo, e nos distanciamos cada vez mais do nosso verdadeiro Ser.
Fuja das armadilhas. Aproveite esses tempos de mudança para integrar e fortalecer cada vez mais seu corpo-mente-espírito.
Uma só voz. Uma só direção.
Com amor, Lyzi.
Por Lyziane Menezes
Terapeuta, Professora e Empreendedora, apaixonada por
Florais Alquímicos, Astrologia e Meditação ThetaHealing®.
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