““Nos círculos zen, conta-se uma estória sobre um homem e seu
cavalo. O cavalo está galopando velozmente, dando a impressão de
que o homem montado nele está indo a algum lugar importante.
Outro homem, em pé parado no acostamento da estrada, grita: ‘Para
onde você está indo?’ E o primeiro homem responde: ‘Sei não.
Pergunte ao cavalo.’
Esta estória também é nossa. Estamos cavalgando, sem saber para
onde estamos indo, e não conseguimos frear o cavalo. O cavalo
representa a energia do nosso hábito nos puxando enquanto formos
impotentes.
Estamos sempre correndo, e isso se tornou um hábito. Lutamos o
tempo todo, mesmo durante o sono. Estamos em guerra dentro de
nós, e podemos facilmente começar uma guerra com os outros.”
Fonte: A essência dos ensinamentos de Buda, por Thich Nhat Hanh.
Hoje nossa reflexão é sobre parar. Uma arte que nem sempre nos foi apresentada ao longo da vida como algo importante, valorizado, ou até mesmo possível. Pergunte a três pessoas o que elas entendem por esse aspecto, e você perceberá respostas muito diferentes.
🌬️ P AR AR.
Uma palavra tão pequena, que traz em si duas vezes, a palavra Ar. Interessante, né? Se não conseguimos parar, os novos insights também ficam represados… Seguimos repetindo velhos hábitos e padrões, apenas “reciclando” velhas mensagens por meio de roupagens novas.
Mantemos o piloto automático sempre na mesma frequência e energia, alimentando assiduamente nossos hábitos – sejam estes positivos ou negativos.
🍂 O que vem à mente quando você para?
Que sensações, emoções e pensamentos essa atitude lhe traz? Dizemos a nós mesmos “Desta vez será diferente”. Mas em que vezes você realmente conseguiu fazer algo diferente por livre escolha? O que foi necessário acontecer antes da sua última mudança real de atitude ou comportamento? Lembre-se: escolher é diferente de reagir.
Precisamos reconhecer e aceitar o que há em nós. O momento pede estabilidade, para que não sejamos arremessados como ondas de um lado para outro dentro de uma tempestade. A calma vem (ou deveria vir!) quando aceitamos parar. Mas nem sempre aceitamos. Lutamos. Sofremos. Muitas pessoas adoecem apenas quando param (em períodos de férias, por exemplo).
A arte de parar
Há um grande poder na arte de parar, conhecido como consciência plena (ou mindfulness). Mas nossas mentes caóticas resistem à ideia de focar em uma coisa por vez, é como se estivéssemos permanentemente “perdendo tempo”. Procure manter a sua atenção focada somente neste texto, e você entenderá muito rapidamente do que estou falando. Se agimos assim em um breve texto, o que fazemos diante de tarefas mais complexas ou que não temos preferência em realizar?
Excitação, agitação e distração são companheiras próximas da hiperatividade e da ansiedade. Quando permanecemos nesses estados por muito tempo, nosso corpo mantém-se em esforço, sem pausar para um repouso adequado. Então, logo após esses longos períodos é comum nos sentirmos fisicamente esgotados e sem energia. Daí é comum acharmos que estamos “deprimidos” ou com “baixa energia”, que alguém nos “sugou”, que tem algo errado. E tem mesmo, mas em muitos casos são apenas hábitos que precisam ser mudados.
Se verdadeiramente queremos acessar maior plenitude e satisfação em nossas vidas, precisamos aprender a parar. Assim teremos mais saúde emocional e mental, reduzindo os impactos colaterais do estresse. Criar espaço para equilibrar a mente requer disciplina e coragem, além de doses generosas de bondade e autocompaixão. Então dê uma chance ao seu corpo-mente-espírito. Escute. Silencie. Se ame. Firme o propósito de ser você mesmo.
Com amor, Lyzi.
Por Lyziane Menezes
Terapeuta, Professora e Empreendedora, apaixonada por
Florais Alquímicos, Astrologia e Meditação ThetaHealing®.
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