#maternidade | 5 perguntas para: Marina Sirotsky, empresária e psicóloga

A chegada do primeiro filho trouxe muitas alegrias e novos questionamentos para a psicóloga Marina Sirotsky. E estas mesmas questões sobre cuidados e desenvolvimento dos filhos eram as mesmas que outras amigas – também mães – passavam naquele momento. Foi assim que surgiu a ideia de um projeto que ajudasse outras famílias de Porto Alegre a ter acesso a informações de alta qualidade e a trocar experiências. Após promover um encontro na casa de uma amiga para tirar dúvidas com um especialista sobre segurança das crianças, nasceu a iniciativa Escola de Pais. Sediada no Instituto Ling, já recebeu centenas de participantes em palestras de relevância sobre temas da infância ao longo dos últimos dois anos.

Cheia de novos planos na área para 2019, a mãe dos pequenos Felipe, 3 anos e meio, e Rafael, de um aninho, sempre sonhou em construir sua família. E foi com um amigo de infância que tudo aconteceu. Marina e o empresário Patrick Lucchese se conheciam “desde sempre”. Depois de muito tempo sem se verem, acabaram se reencontrando em um jantar da turma do RS em São Paulo, onde moravam no mesmo período. Em dezembro de 2012, casaram-se na casa dos pais de Marina, Nelson e Nara, em Porto Alegre. Nara, aliás, é a grande referência de maternidade para Marina: “Tento ser tão boa para meus filhos quanto ela foi para mim”, afirma a empresária.

A seguir, confira um papo do Mommys and Babys com Marina, terceira parte da série de entrevistas “5 perguntas” sobre famílias com personalidades daqui.

1 | Quem era você antes e depois da maternidade?

Sempre fui muito responsável e exigente, mas a maternidade traz uma sensação de responsabilidade ainda maior. Antes da maternidade eu era mais impulsiva para fazer as coisas do que agora. Você passa a ter pessoas que dependem totalmente de ti, tem o caráter de um legado e o que deseja passar de valores. Isso nos transforma! Antes eu achava que era feliz e não sabia o que era felicidade. Ter filhos é muito forte e é a melhor coisa do mundo!

2 | Qual a sua maior alegria e o seu maior desafio no atual momento de vida?

Minha maior alegria é ver meus filhos crescendo felizes e se desenvolvendo. E meu maior desafio é o equilíbrio. É muito difícil: nasce um filho, nasce a culpa. Eu poderia estar em casa, mas ao mesmo tempo também quero voltar a trabalhar, senão não fico feliz e realizada. E há ainda o desafio de ter dois filhos: dividir seu tempo, com um e com outro, pois você ama os dois igualmente e quer estar da mesma forma com cada um deles. Então o maior desafio é ter uma vida enquanto mulher, empresária, mãe, dona de casa, com equilíbrio para ser feliz.


3 | Como ficou a relação com a SUA mãe depois que você teve filhos?

Sempre fui muito próxima da minha mãe, mas a maternidade nos aproximou ainda mais. Meu modelo de mãe vem dela. E hoje a gente se fala todos os dias, várias vezes. A gente ficou ainda mais próxima do que já éramos. De manhã, todos os dias, ela liga pra saber como as crianças dormiram. Ela respeita muito a minha individualidade e eu gosto muito de ouvir os conselhos dela. Tento ser uma mãe tão boa para os meus filhos quanto ela foi para mim.

4 | Com que frequência você quebra seu ideal perfeito de maternidade?

Todos os dias! Já morri pela boca muitas vezes. Antes de ser mãe eu dizia tantas coisas que jamais faria, depois fiz igual. Como por exemplo o uso de eletrônicos: achava um absurdo dar o celular ou o tablet para a criança assistir de vez em quando. Depois entendi que em muitos momentos o pai e a mãe também precisam dar uma descansadinha…
Então, quebro meu ideal de perfeição todos os dias. O que me deixa tranquila é que estou fazendo o melhor que posso hoje. E aprendi a não julgar: cada mãe faz o melhor que pode, do seu jeito.

5 | O que você gostava de fazer quando era criança que tenta repetir com seus filhos?

Na minha infância, sempre gostei de brincar e estar na rua. Mas uma das coisas que mais gosto de repetir é passar tempo junto com eles, como nas férias poder ficar um tempo na praia, curtindo a natureza, ar livre, brincando… Isso é que o faz toda a diferença. Levar a parques, curtir as brincadeiras junto com eles, pelo simples fato de brincar, pelo lúdico. Isso é infância!

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