A maternidade é um desejo da maioria das mulheres. Aquelas que não podem engravidar costumam procurar outros meios para concretizar este sonho como a adoção ou até mesmo a fertilização. Porém as que podem e desejam engravidar precisam tolerar as várias alterações que ocorrem em seu corpo durante a gestação.
Abaixo seguem as mudanças físicas mais comuns deste período, e alguns dos motivos pelos quais elas acontecem.
Cansaço e sonolência
São causados pelo esforço extra que o organismo faz para dar todo o suporte necessário para processo de desenvolvimento do bebê no útero. Estes sintomas podem aumentar conforme o feto vai crescendo.
Enjôo
Ocorre geralmente nos primeiros três meses e em cerca de 80% das grávidas. Pode ser causada pela rápida mudança hormonal, a queda da pressão arterial e, em raros casos, alterações psíquicas.
Mamas pesadas e doloridas
Os seios aumentam e a sensibilidade também, causando desconforto. Além disso, há uma maior concentração de sangue na região mamária, o que torna os vasos sanguíneos mais aparentes. No último trimestre, pode haver secreção de colostro.
Vontade de urinar com mais freqüência
Acontece porque o corpo da mãe ganha um aumento significativo de líquido e os rins precisam trabalhar muito mais. Além disso, conforme o bebê vai crescendo, a pressão sobre a bexiga aumenta, assim como a freqüência ao banheiro. Esse fenômeno ocorre principalmente no primeiro e último trimestre.
Prisão de ventre
O organismo produz um hormônio responsável pelo relaxamento da musculatura do útero, que faz com que os músculos do intestino também relaxem, tornando-o mais lento. O intestino lento aliado à forte pressão arterial pode desencadear hemorróidas no último trimestre de gestação.
Perda do apetite sexual
As alterações hormonais de aumento de corticóides e progesterona no primeiro trimestre e último trimestre geram muitas transformações e desconfortos físicos e emocionais proporcionando redução da libido da mulher.
Mudanças na pele
No segundo trimestre da gravidez podem surgir manchas em função de alterações hormonais. Estas alterações estimulam a liberação do hormônio melanócito-estimulante pigmentando a pele com mais facilidade. Normalmente elas costumam sumir em até um ano após o parto. Os mamilos escurecem e a gengiva fica mais esponjosa. A melhor notícia é que a oleosidade da pele diminui e a acne desaparece.
Digestão lenta
Os altos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona produzidos no início da gravidez relaxam os músculos lisos do organismo, o que inclui os do sistema gastrointestinal. Esse relaxamento desacelera os processos da digestão podendo promover sensação de barriga inchada, azia, enjôo ou vômito e refluxo. Sendo também influenciado pela compressão do estômago conforme o crescimento do útero.
Aceleração cardíaca
Como o volume do sangue aumenta em até 50%, o coração acelera para conseguir bombear cerca de 6 litros por minuto. Este aumento de sangue ocorre para fornecer oxigênio e nutrientes para a placenta e para o feto de forma eficaz.
Mal-estar causado pela falta de ar, dor nas costas e ligamentos distendidos
Com a expansão do útero, todos os órgãos em sua volta sofrem uma compressão. As costelas são empurradas para fora, a coluna recebe uma sobrecarga e a postura da mulher muda, havendo uma acentuação na lordose pela alteração do centro de gravidade. Os ligamentos ficam mais distendidos também em função de hormônios como o estrogênio, cortisol e relaxinas e a gestante pode sentir desconforto ao andar.
Inchaço causado pela retenção de líquido
Em função das alterações de pressão na veia cava inferior e veia pélvica ocorre à dificuldade da passagem de sangue e conseqüentemente um acúmulo de líquido na região dos membros inferiores. Propiciando desconfortos e tendendo a aumentar conforme o desenvolvimento do bebê. Por este motivo, é tão bem recomendada a drenagem linfática manual durante a gravidez.
Surgimento de estrias e varizes
São bastante comuns as estrias no terceiro trimestre da gravidez em função do crescimento abrupto do abdômen. Porém existem outros fatores que podem influenciar como alterações hormonais, genética, idade, ganho de peso, peso do feto, primeira gestação e etnia da mãe.
Já as varizes têm como causa na gravidez à pressão do útero em crescimento sobre as veias pélvicas e veia cava inferior gerando o aparecimento ou aumento delas conforme o crescimento do bebê. O seu aumento também pode ser influenciado pelos elevados níveis de progesterona. Porém tendem a melhorar após o nascimento do bebê. As mães com histórico familiar e obesidade apresentam mais tendência ao seu desenvolvimento.
Fique atenta a todos estes sintomas físicos para garantir uma gestação mais tranquila e esteja ciente que o emocional pode influenciar em cada um deles. Cuide-se, assim vai garantir o melhor ao seu lindo bebê!
Por Vanessa Grendene | Fisioterapeuta Dermatofuncional
